O nome de Pábio Mossoró começa a circular com mais força nos bastidores como possível candidato em 2026, mas o movimento, longe de representar unidade ou estratégia clara, escancara um cenário de conflito político inevitável. Seja qual for o caminho escolhido, alguém ficará pelo caminho.
Se optar por disputar uma vaga de deputado estadual, Pábio rompe diretamente com a deputada Zeli, hoje uma de suas principais aliadas. A candidatura significaria dividir o mesmo espaço político, disputar a mesma base e, na prática, declarar que não há mais convivência possível no mesmo palanque.
Caso o projeto seja mais ambicioso e o alvo seja a Câmara Federal, o desgaste é ainda maior. Pábio entraria em rota de colisão com Célio Silveira, seu padrinho político, responsável por abrir portas, construir alianças e sustentar sua trajetória até aqui.
Um enfrentamento desse porte não seria apenas uma divergência eleitoral, mas um rompimento definitivo, com custo político alto e difícil de reparar. Nos bastidores, a leitura é direta: não existe candidatura sem traição. Qualquer decisão que Pábio tome, implicará romper acordos, queimar pontes e redefinir alianças que levaram anos para serem construídas. A dúvida que paira entre lideranças locais não é se o ex-prefeito obterá êxitos nas urnas, mas o tamanho do estrago que essa decisão causará.
Enquanto Pábio Mossoró não assume publicamente suas intenções, o silêncio só aumenta a tensão. O tempo corre, as bases observam e os aliados começam a se perguntar se ainda são aliados — ou apenas peças provisórias em um projeto pessoal que pode custar caro a quem esteve ao lado desde o início.
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