O transporte público de Valparaíso de Goiás continua sem
previsão de retorno quase quatro meses após a saída da Viação Catedral, em 31
de julho. Conforme revelou o Jornal A Entrevista, a gestão municipal
ainda não conseguiu atrair nenhuma empresa disposta a assumir o sistema.
A prefeitura chegou a lançar, em 6 de outubro, um edital
emergencial para tentar contratar uma nova operadora. O documento, publicado no
Diário Oficial, estipulava requisitos de eficiência, horário regular e
qualidade mínima no serviço. Mesmo assim, o chamamento — que deu apenas três
dias para entrega de documentação — não despertou interesse de nenhuma
empresa, segundo a apuração do site.
Durante as tentativas de solução, a administração procurou a UTB (União Transporte Brasília) para avaliar a possibilidade de expansão das suas operações dentro do município. A UTB, que já opera linhas para o Distrito Federal, porém, rejeitou a ideia. Segundo relatou uma fonte ao Jornal A Entrevista, a empresa teria alegado que precisaria comprar veículos e realizar novos investimentos, algo considerado inviável no momento. O jornal também buscou um posicionamento oficial da UTB, mas não obteve resposta.
Enquanto isso, a população fica sem alternativas municipais. Moradores têm recorrido a aplicativos, táxis, lotações, caronas e às linhas intermunicipais e interestaduais que atravessam Valparaíso pela BR-040 — opções mais caras e longe de atender à demanda interna da cidade.
O imbróglio se tornou um dos principais pontos de desgaste
para a gestão do prefeito Marcus Vinicius (MDB), alvo constante de
cobranças, especialmente dos bairros distantes do centro, onde a falta de
transporte tem impactado a rotina cotidiana.
Fonte: Jornal A Entrevista

