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Demissão em massa e falta de insumos básicos agravam a crise da saúde em Valparaíso de Goiás.

A saúde pública de Valparaíso de Goiás vive um momento crítico, com a situação se agravando desde a posse do prefeito Marcus Vinicius (MDB). Um ex-enfermeiro, que trabalhou no município por dois anos e preferiu não se identificar por temer represálias, relata que as condições decorrentes a se deterioraram após uma mudança de governo.


De acordo com o denunciante, em julho do ano passado, o regime contratual dos profissionais de saúde foi alterado para CLT, mas os pagamentos passaram a ser frequentemente atrasados ​​e, em muitos casos, ainda não foram realizados. "A crise se intensificou este ano. Os atrasos ainda mais, ocorreram greves, e a saúde ficou sem pagamento. Para você ter uma ideia, o 13º salário só foi pago em fevereiro", afirmou.


O cenário se agravou ainda mais no final de fevereiro, quando houve uma demissão em massa, deixando os postos de saúde do município praticamente vazios. “Praticamente todos os postos são sem enfermeiros. E não foram apenas os enfermeiros: demitiram nutricionistas, psicólogos, farmacêuticos, pessoal de serviços gerais e recepcionistas. No posto onde eu trabalhei, por exemplo, ficaram apenas dois técnicos, um médico e um dentista. Todo o resto foi demitido”, contou o ex-enfermeiro.


Além das demissões, o profissional também sofre com a falta de pagamento das rescisões. "Fui demitido no final de fevereiro e, até hoje, não pagaram rescisão. O prefeito só fica postando coisas nas redes sociais, enquanto a saúde está um caos", desabafou.


A situação, que já era considerada precária, se agravou com a redução drástica no quadro de funcionários. "O número de funcionários foi reduzido pela metade. Os pacientes estão há mais de dois meses sem receber materiais de uso domiciliar, como sondas, fraldas para acamados e leite para as crianças. E nem o básico para trabalhar, como luvas, temos", relatou o denunciante.


Até o fechamento desta edição, a Prefeitura de Valparaíso de Goiás não se posicionou sobre as demissões, o atraso nas rescisões e a falta de insumos denunciada pelos profissionais, apesar da insistência da reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

Fonte: Opção do Entorno

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