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Enquanto Cambão cresce e consolida sua base, Fábio Correa se desidrata no jogo político


 

Ele já foi protagonista. Hoje, tenta não ser coadjuvante. Fábio Correa, ex-vereador e ex-prefeito de Cidade Ocidental, que por muito tempo foi tratado como favorito natural a qualquer cargo, agora corre por fora, visivelmente enfraquecido, tentando se manter relevante num cenário que mudou — e muito.

Enquanto isso, o deputado estadual Wilde Cambão não só entrou no jogo como tomou conta do tabuleiro. Mesmo sem ser da cidade, Cambão conquistou o que poucos políticos locais conseguiram: presença, resultado e apoio real. Enviou recursos, firmou alianças estratégicas e, silenciosamente, cravou território. Hoje, quase um terço da Câmara Municipal já está com ele — e o número cresce a cada semana.

Fábio, por sua vez, enfrenta duas feridas que não cicatrizaram: o desgaste de um grupo político que encolheu e o peso de ter seu nome citado em duas operações policiais que abalaram o Município — Ypervoli e Pacto Sistêmico. Nos bastidores, a pergunta já não é se ele vai se lançar, mas se conseguirá se manter de pé até lá.

O ex-prefeito reapareceu em um evento político recente, tentando sinalizar que está de volta. Mas nem a foto ao lado de caciques partidários convenceu. A rua já não vibra com seu nome como antes, e parte da classe política que o cercava agora aposta em outros ventos — mais especificamente no que sopra do lado de Cambão.

Com a disputa por vagas mais acirrada, legendas enxutas e um eleitorado menos tolerante a escândalos e promessas antigas, Fábio Correa tenta provar que ainda tem fôlego. Mas o cenário não mente: Cambão domina onde Fábio já foi rei — e hoje mal é lembrado como súdito.

 

 

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